terça-feira, 28 de junho de 2016

'Opum' Guerreiro .'.


Opum (também conhecido como 'peido mestre') era um exímio cavaleiro (inclusive, de bicicletas, embora, frequentemente, carregasse as bikes, para subir escadas), desde antes da aceitação alheia. Se julgava o próprio (o que pensava de si), há bastante tempo. (Ao fazer exercícios abdominais, simulando pedaladas, sentia-se como o próprio veículo, 'montaria' e 'montador') .'. 

Muitos o viam, e respeitavam, de tal modo. Outros, que o negaram outrora, ao saberem que alguns o viam como um dos cavalarianos mensageiros (e ainda o recebem onde é respeitado), resolveram aceitar que se ordenasse. Naquele momento, disse: 'Isto está desconstruído, refeito e desfeito, aqui' .'.  

Reservando as aparições aos lugares de respeito, afirmou: 'Aos meus, ainda sou o primeiro' .'.

Contos de Paz 
*Literatura Ficcional

Uma batalha por si próprio .'.


Um fumante, que estava tentando largar o vício, veio ao centro espírita fazer uma consulta para entender o que estava acontecendo: 'O que está acontecendo? Venho tentando largar o vício, porém, tenho uma sensação de que, nos dias que acordo determinado a optar pelo ar puro, algo me pede para mudar’.

Um dos seus amigos, que lhe invejava um tanto, lhe dizia que isto era desculpa, pois, segundo o amigo, ele não queria mudar. O fato é que o 'amigo' não via o desejo, nem a insistência nas tentativas. Apenas lembrava que o via fumar.

Ao mesmo tempo, o 'amigo' não entendia que, ao fumante (desta história), 'persistir' significava continuar tentando até conseguir. De modo semelhante, significava perseverar nas coisas boas. Nos trabalhos, estudos e atividades físicas. 

O fumante, que desejava, do fundo da alma, o ar puro, pediu que fizesse uma oração a este pessoal que pensava estar 'ajudando'. Porém, o atrapalhavam nos verdadeiros objetivos.

No mesmo sentido, explicou que o tabaco estava lhe ajudando a manter-se longe de outras substâncias por tempo indeterminado. Substâncias químicas mais pesadas que tinha vontade de usar quando saia à noite para beber. 

Falou aos médiuns do centro espírita que sentia uma forma de obsessão oriunda das influências psicológicas de algumas pessoas, tais quais o 'amigo', em interferir em sua jornada. Disse que queria distância de tais influências ou iria impor-se a doutriná-las. 

Eventualmente, lhe chamavam para jogar bola ou pedalar (coisas que ama fazer), nos momentos em que os trabalhos e estudos são prioridades. Geralmente à noite. 

Lhe acordavam de manhã cedo, antes das seis horas, fazendo com que fechasse os olhos e dormisse até as dez. João estava acostumado a levantar em torno das sete. Sentindo alegria quando estende os trabalhos e estudos além das zero horas. 

Os médiuns chamaram os 'obsessores' a uma sessão mediúnica. Oraram e pediram que o 'amigo', e 'companheiros', cuidassem do próprio caminho. 

Pois as chances de João (o fumante) eram maiores quando pudesse usar, por completo, o livre arbítrio. Longe de interferências ‘telepáticas’. Salvo quando solicitasse ajuda e dissesse de que modo preferia. 

João sabia o que queria. Estava decidido e motivado. Mas sentia-se incomodado quando induzido a determinadas escolhas ou mudanças de atitude. As quais são construtivas, e motivadoras, quando partem da própria escolha.

Quando em ambiente natural, João é reconhecido com pai e líder pelos os quais o conhecem há mais tempo. Ou, como bom filho e irmão, pelos familiares mais próximos.

Tal 'amigo', e 'companheiros', não o viam assim. Embora dissessem que desejavam que João se tornasse tal pai e líder.

Os médiuns orientaram João a desconsiderar tais influências. Tornando-se, de fato, o líder do próprio caminho. Abrindo os trabalhos do dia como o poder superior o orienta. Trilhando a jornada que escolher, de acordo com os desejos conscientes e racionais. Desconsiderando tais influências e 'ajudas' não requisitadas. Mas, sim, buscando os aliados que deseja, no caminho que escolheu, do modo como preferir e requisitar.

Ao ir ao escritório, João guardou o maço de cigarros, e fez uma leitura antes do trabalho. Do mesmo modo, ampliou os estudos nos intervalos que utilizava para fumar.

O consumo do tabaco foi reduzindo-se aos poucos. Ao longo de um mês, João consegui passar mais dias por semana no ar puro do que em meio a fumaça.

Com o tempo, longe dos bares e das bebidas alcoólicas, libertou-se por completo. 

Evitando a conexão com tal 'amigo', e consequentes ‘parceiros’, que já não o incomodavam mais, retomou os jogos de bola e as pedaladas noturnas.

Contos de Paz 
*Literatura Ficcional

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Thunder and Pussy .'.


THUNDER AND PUSSY 

Thunder era um cara questionado por todos. Apesar de cultivar um sorriso natural, sem mostrar os dentes além do normal, e dizer bom dia diariamente, em alguns casos, costumava baixar o santo.

Boa gente, mas de pavio curto. Seu lado racional, sempre contendo-se a si mesmo. Preferia desviar-se de uma confusão do que entrar nela. De modo distinto, eventualmente, costumava explodir, quando submetido a uma discussão que prefere evitar. 

O bom disto é que Thunder sempre tenta ouvir primeiro. Levanta o dedo na hora de falar. Fala na respectiva vez. Mas detesta ser interrompido quando tem a palavra. Aliás, prefere ter a palavra. Fala o bastante sempre que tem a chance. 

Certa vez, quando estava trabalhando como assessor de um diplomata, uma de suas colegas de trabalho reclamou o fato de que Thunder não havia atendido um telefonema.

Em sua mesa, no escritório, o telefone estava no silencioso, com o vibra call desabilitado. Sua colega de trabalho, chamou-lhe a atenção de forma autoritária, por ser sua superior indireta.

Thunder ouviu seus reclames e pediu desculpas. Disse que não havia visto que o telefone estava no silencioso. Mas sua colega, continuou jorrando reclames. 

Thunder levantou-se da cadeira, jogando-a longe, e disse em alto tom: 'Pega este telefone e mete no cu!'.

'Bota no seu! Seu estúpido; Idiota' - Gritou a colega. 

Thunder sorriu, ao imaginar-se limpando a bunda com o smartphone.

O pessoal do escritório, que testemunhava os reclames, se assustou. Pensaram que Thunder iria se avançar na moça. Mas Thunder era mais respeitador e carinhoso do que parecia. Jamais faria algo deste tipo.

Ao vestir o palitó, bufando, desculpou-se: 'Desculpe pessoal. Estou acostumado a ser respeitado'

Saiu para a rua fumar um cigarro. Algo que já não fazia há mais de vinte meses. No dia seguinte, demitiu-se, presenteando o ex-chefe com um CD dos Beatles. 

A colega, que havia ligado para o mundo todo, contar a 'agressão' que não existiu, estava chateada. Pois viu que Thunder agiu em legítima defesa. 

Quando Thunder saiu para pegar o elevador, Pussy (a colega), foi atrás, desculpar-se. 

Thunder respondeu: 'Agora já era. Deveria ter pensado antes'

'Você que errou' - Reclamou Pussy.

'Deixa assim' - Lamentou-se Thunder, arrependido.

'Então vamos tomar um café' - Exclamou Pussy.

'Obrigado querida. Prefiro com leite e sei que você gosta puro' - Explicou Thunder, entrando no elevador.

'Pode ser!' - Disse Pussy, aceitando, em resposta ao convite. 

Chegando ao local do café, por ventura, a casa de Thunder. Thunder disse: "Estou precisando de uma massagem. A cafeteira está na pia. O leite, na geladeira. Quer café, é só fazer'. 

Pussy, sentou-se no sofá para fazer a massagem, dizendo: 'Deixa o café. Estou chateada com sua demissão. Sei que precisa dos ganhos'

Massageando, abriu o ziper e bebeu o leite direto da fonte.

pazdornelles.com 

Contos de Paz 
*Literatura Ficcional

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Da fé aos negócios .'.


DÁ FÉ AOS NEGÓCIOS .'. 

No mundo dos negócios, profissionais de mercado, e acadêmicos, eram submetidos ao comércio de subjetividades. Identidades do sincretismo da fé que eram, constantemente confundidas com pessoas comuns. 

A fim de encontrar colocação no mercado, jovens eram induzidos e 'passar-se' por 'entidades' que existem desde antes de suas respectivas gerações. Assim como 'personagens' inventados pela ficção.  

De modo semelhante ao Império Grego, Romano, Hindu e Egípcio, algumas pessoas eram confundidas com 'deuses'. Colocando-se para 'negócio' em prol de benefícios. 

Aqueles que as confundiam eram os quais 'pagavam a conta'. O crescimento material de uns impunha a decadência de outros.

Os impérios desmoronaram quando faltavam 'crentes' de que os 'deuses' eram legítimos.

No mundo monoteísta, ainda cultuam-se diferentes 'divindades' (entidades); Santos, Orixás e Mártires. Os quais imperam devido àqueles que creem em suas respectivas legitimidades. Assim como, por serem, de fato, legítimos. 

O certo é que, testemunhadamente, a quem tem fé, Santos e Orixás são legítimos. No entanto, a tais 'mercadores' maliciosos, as subjetividades se tornaram fonte de comércio. Denegrindo a fé daqueles que creem com todo o amor.

Testemunhos de fé, relatam a 'existência' de tais 'elementais divinos'. Mas nem todos aqueles que são confundidos com tais 'divindades', ou em suas respectivas companhias, pensam deste modo.

Na esquina do futuro, o Mago, disfarçado de mercador, conversou com estudiosos, e profissionais, que desejavam, acima de tudo e de todos, o sucesso profissional.

Quanto a própria fé, e crenças do acreditam ser, parecer ou estar, muitos relataram que seriam capazes de 'negociar' a própria 'pseudo-identidade', em prol de vantagens materiais.

Desmanchando-se os disfarces, cada um mostrou no que realmente acreditavam. Muitos colocavam o comércio, e o disfarce,  em prol dos ganhos, na frente da fé.

Para salvar o 'Império dos Céus', caíram as máscaras dos negociantes, fazendo com que mostrassem como seriam capazes de se 'apresentar' pelas oportunidades.

O mundo da fé estava prestes a desabar. Desmanchando-se por completo. Contudo, adultos com coração de menino, preservaram a crença na legitimidade verdadeira.

O mercado foi ordenado pelos céus que priorizassem tais defensores do sagrado. Poucos concordaram. As 'casas' começaram a ruir, uma a uma. Mantendo-se em pé, como um pinheiro em meio a selva, as moradas construídas sobre a rocha da fé verdadeira. 

Contos de Paz 
*Literatura Ficcional (com gotas de realidade)

pazdornelles.com

Este conto é baseado em uma história real de um jovem, que testemunhou em um terreiro, o pedido de um empregador para entregar a própria identidade (o que sente, crê e pensa de si mesmo), caso quisesse obter a colocação profissional que deseja. O jovem relatou que o seu requisito era manter o que chama de 'anjos da gurda'. Dizendo que, na hora certa e no lugar certo, a vontade do Pai Nosso, falará mais alto que tais imposições.

terça-feira, 21 de junho de 2016

Caça aos pets .'.


CAÇA AOS PETS !!
Chihuahuas na ratoeira .

John era 'pescador' de mulheres (de outro planeta) e 'caçador' de humanos mal intencionados. 

Utilizando as mídias sociais, encontra os 'pseudo-irmãos' que utilizam as garotas 'comerciantes do sexo lunar e terreno' para fins econômicos. 

Casais, sem formalização matrimonial, especialistas em aliciamento de 'filhos e filhas inexperientes'. Tratados como "'cus' da web". Aquelas figuras que ficam mandando mensagem o dia todo. Sete dias por semana. Inclusive quando a moça (ou moço) do interesse, se encontra debaixo dos edredons alheios. 

Chihuahuas é como chamamos, no 'Oriente do Ocidente', estes 'aliciadores' que formalizam parceria com tais moças a fim de tomar proveito dos 'guris e gurias inexperientes'. 

Contabilizando lucros até entrarem em ligação cruzada com o caçador. O legítimo vingador dos filhos anteriormente aliciados.

Há três categorias de moças. As iniciantes, entrando nas lojas, são chamadas de 'Nadas'. Ao comercializar o 'feijão da terra', tornam-se o 'feijão de lua', sendo nomeadas de 'Nenhumas'.  

Os 'Nenhuns' (ou nadas) tornam-se aliciadores de tais mulheres participantes do triângulo amoroso; Que 'miam mais alto' (como gatas pintadas) quando libertam-se de tais 'trabalhos' e dos 'agenciadores' (os quais tornam-se caça).

O 'Ninguém', líder do clã dos filhos, recebe as encomendas 'ao contrário'. Sendo, previamente, 'encomendado'. Armando, assim, a ratoeira.

O Líder 'Que' repudia o tratamento dos filhos como 'Ninguém's' se caracteriza por inciar, com  idade maior, a sua escalada material.

Especializa-se em contabilizar os ganhos de tais casais informais. Mesmo sabendo que, no caminho, mudam-se os pares.

Tais ganhos são reivindicados, por tratarem-se de cobranças indevidas aos filhos e filhas, fruto de aliciamento, que nem sabiam dos tratos ilegais. 

Algun(ma)s julgaram-se Jesus, divindades ou santo(a)s do sincretismo, em algum momento da jornada. No entanto, são tratados (indevidamente) como 'animais de carga' ao apaixonarem por tais 'pseudo-comerciantes' (aliciadores leiloeiros) participantes, como casais informais, em triângulos amorosos.  

Cobrando proveito disto, os 'pseudo-quais', se aproveitam para 'assaltá-los'. Comerciantes informais quem mal conhecem as regras do 'Oriente Ocidental'.

Identificados, via ligações cruzadas, por telefone, via banda, foram listados nas listas do Caçador. Sendo, identificados, os filhos envolvidos nas relações anteriores.

Os 'irmãos comendadores' (maioria, pais de banda, com identidade secreta, independentes das religiões), clamam a listagem destes casais que se aproveitam dos filhos e filhas inocentes. Eventualmente, os seus (as suas) próprios (próprias) filhos (filhas). Jovens seduzido(a)s pelo prazer do orgasmo (ou ganho material; interesse, mais comum, entre as moças). 

Os casais, de moças e 'agenciadores', são identificados quando conectam-se ao caçador. Listados e demarcados como 'mal intencionados'. 

Na continuação dos trabalhos, seus 'comércios' anteriores são invertidos. Enquanto, seus débitos, reivindicados. 

John (o caçador) mostra-se, primeiramente, como caça. Sua banda paralela toca independente da banda maior em que trabalha. 

John alerta sobre tais 'golpes'.

Os 'aliciadores', e também 'aliciadoras', exploram a 'amizade colorida' sem assumi-la. Dizendo-se interessado(a)s em relacionamento sério. Embora, despreocupados com isto, pelo fato de terem parcerias mais antigas. Cúmplices nos triângulos amorosos. 

Diz o caçador que, colocar para negócio os interesses alheios (que não têm preço), custa-lhes mais do que imaginam. De modo semelhante, aliciar 'gurias' e 'guris' inocentes é passível de punição severa nas medidas da lei.

Sobre os triângulos amorosos com fins lucrativos ou de aliciamento; Comunica previamente: 'Respeitem os filhos e filhas'.

Contos de Paz 
*Literatura Ficcional

sábado, 18 de junho de 2016

A canha de Zezinho .'.


Zezinho havia parado de beber. Estava completando três anos de abstinência, um mês antes de seu aniversário. No dia em que trocou a ficha de Alcoólicos Anônimos, chegando em casa, recebeu a visita ilustre de uma entidade da terra.

A entidade lhe parabenizou (em tentativa de assalto): "Parabéns; Tri campeão"

"Que é isto! Tenho tanta coisa por fazer e batalhar" - Respondeu Zezinho.

A entidade lhe retrucou: "Só tenho uma coisa a lhe dizer. Sua cachaça é nossa". Entidades, que estavam junto no invisível, completaram: "Um dos nossos despachou na encruzilhada. Outros perguntaram quanto está valendo"

Zezinho sempre dizia que 'a canha não tem preço'. A entidade saiu sem se despedir, enquanto Zezinho pensava o que fazer. Lembrou-se de uma garrafa que guardou na estante.

Zezinho pensou: "Esta história de 'tri campeão' é sacanagem. Como estariam rifando a canha por aí. Se para mim vale milhões de vezes mais do que pediram. Aliás, 'não tem preço'"

Zezinho lembrou-se de cada substância que utilizou na adolescência. Foi ao quarto averiguar quais guardou no cofre.

O pessoal que havia feito despachos estava preocupado. Uns despacharam no Zezinho. Outros, sem o Zezinho. Mas o fato é que chegou no Zezinho.
Como Zezinho manteve a cachaça a salvo, sua canha se tornou uma das mais caras do mundo.

Para saber o que fazer, ligou para um pessoal de Umbanda e do Oriente Ocidental, perguntando se isto era lícito. Obteve a resposta que mantém em segredo. Confirmando que a 'lei continua sendo a mesma'.

Os despachantes queriam a canha dos filhos de volta. Mas reclamavam estar muito cara.

Zezinho resolveu fazer uma caipirinha, zerando a contagem dos três anos de abstinência. Nos terreiros, os 'Exús' e 'Pombas Giros' clamavam a canha de Zezinho. Pois, segundo as próprias entidades, é uma das melhores do mundo.

Zezinho bebeu, esporadicamente, por mais de trezentos dias. Fazendo novo estoque e intervalo.

Aprendeu que nunca se pede (em despachos ou comércio) a canha dos outros, nos outros ou sem os outros.

Acredita-se que a valiosidade de sua cachaça deve-se ao fato de fazer grandes intervalos entre cada consumo; Nunca ter colocado para negócio, pedido em terceiros ou sem terceiros.

O pessoal ainda discute se valida alguma lei a fim de proteger a canha dos quais a guardam.

Contos de Paz 
Literatura Ficcional

quarta-feira, 15 de junho de 2016

O trabalhador e o empregador .'.


O trabalhador queria trabalhar em determinada área. Um dos empregadores possíveis perguntou-lhe: 'O que faz no momento? Estás trabalhando?'

A fim de guardar segredo quanto ao que vem produzindo, o trabalhador respondeu: 'Comercializo guarda-chuvas em dias de chuva. O restante do tempo, leio e me ocupo de hobbies'

O empregador pensou que estava muito caro contratar tal 'trabalhador', mesmo sabendo que outros nada faziam.

Ao ouvir seu pensamento, o trabalhador respondeu: 'É doze o automático. Antes da chuva, faço por dez'

O empregador viu-se no trabalhador que desejava tornar-se empregador um dia.

JD

Contos de Paz 
Literatura Ficcional

A volta dos que não foram .'.



João Antônio Jorge, Também conhecido como Zezinho, era um menino arteiro. Na infância catequizou os familiares em suas travessuras. 

Na vida adulta, abusava da vida boêmia e das festas noturnas. Dentre os de casa era considerado mulherengo e marrão. Dificilmente era visto com um sorriso no rosto. 

Zezinho, tornou-se homem. Era de difícil convício. Extremamente defensor do próprio território, costumava atropelar sem pedir licença ou bater na porta. 

Em certa idade, no auge de loucura alcoólica, julgou a reencarnação do Cavaleiro da Capadócia. Fez uma guerra que durou um ano. Ano que auto-atribuía a si mesmo. 

Zezinho era do tipo 'Cavaleiro Cavalo'. Aquele que monta a pé, como uma só entidade. Porém, no fim do primeiro ano de guerra, derrubou-se. E, ao levantar-se, quis continuar os conflitos montando em outras coisas. 

Experimentou os mortos, como montaria.  'Encostos' dos ancestrais, amigos e vizinhos. Sempre regado a bastante álcool, alimento em demasia e 'coisas de fumar'. 

O fato é que, ao insistir, Zezinho, foi cobrado. A montaria lhe cobrara os cambitos do demônio, o saco de touro e o caralho das pombas.

Após derrubar-se incontáveis vezes, na sequência das batalhas, Zezinho, foi submetido a fazer escolhas para salvar as respectivas 'partes'.

Ou despachava-se, a si mesmo, no por do sol de uma sexta-feira como humano; Ou teria de carregar (antes de levantar) a terra (os 'pangarés' alheios) que havia montado. 

Zezinho, imprudente, insistiu. Experimentou pisar na terra e pô-la sobre os ombros alheios. Mas viu que isto lhe custaria mais caro. Pois foi avisado de quem nem sempre haveria devolução. 

Então, certo dia, sentado sobre um toco, pisando no próprio pé, fumando um charuto haitiano, conversou com um ancestral remoto (o qual nem sabia o nome ou a existência) que lhe disse: 'Terás que carregar a terra que montas-te. Evite pisá-la. Tampouco coloque sobre os outros. Pois o melhor jamais devolverá tal peso nos ombros'.

Envergonhado, sentindo-se culpado. Zezinho aceitou o fardo que durou por cerca de dez anos. O tempo passou e Zezinho encontrou-se montando novamente. Ao natural. Contudo, como da primeira vez. Sozinho, a pé e como uma só entidade.

Ao ver a perseverança do guerreiro, ofereceram-lhe a volta do 'Cavaleiro Cavalo'. Atribuíram-lhe um ano para reclamar e descarregar os retornos e recalque às demandas. 

Zezinho, imprudentemente, listou centenas de retornos e cobranças. Os quais, no fim do mesmo ano, lhe foram retribuídos como revide em uma carpeta de truco. 

Arrependido, pois havia sido logrado, quando lhe ofereceram a 'volta por cima' a sua terra natal. Reinado do 'Cavaleiro Cavalo' que durou cerca de dois meses e meio. Em sua 'volta', vários adversários e alguns aliados, também, foram devolvidos à terra. Tornaram-se conhecidos como 'os que não foram'. Pois nunca haviam montado, nem pisado, nem posto nada nas costas dos outros, e, mesmos assim, foram cobrados pois, mesmo sabendo do ônus do ato, armaram devolvê-lo à terra natal.

Zezinho, que já não queria mais o que pedia antes, chorava e reclamava como vítima de um complô. Clamava saúde, nas orações que antes eram direcionadas ao trabalho.

Durante vinte anos, nunca mais viram Zezinho sorrir. Tampouco, reclamar. Havia casado com uma pomba cabocla que desejava ser sua 'cadeira' no terreiro. 

Quando estava prestes a vestir saias, Zezinho descobriu que sua 'cadeira' esta sentando em outros tocos. Revoltou-se novamente e chorou. 

Conformado com suas loucuras, estava satisfeito por salvar seu lugar no mundo das 'ovelhas'. Orou para que fosse feita justiça. O que deveria ter pedido antes de cogitar a 'volta por cima', os retornos de um injustiçado e os desejos recalcados de um ser vitimizado. 

Descobriu que era simples. Na época que lhe ofereceram a 'Volta do Cavaleiro Cavalo', era só agradecer. Pois já estava montado 'a pé' como um guerreiro uno. 

Descobriu, também, que deveria ter evitado retornos e cobranças testemunhadas em banda. E que o melhor a quem aprende a ser cavalo, cavaleiro e espada, de si mesmo, é manter-se na batalha em pé, como o legítimo guerreiro. 

Sabendo que a continuação do 'guerreiro' lhe daria maiores direitos, e ganhos, que a volta 'por cima de outras coisas' (seus desejos e pedidos livres de retornos, cobranças ou atos vingativos), arrependeu-se. De modo diferente, sem culpar ninguém. 

Antes de julgar-se filho ou pai, cavalo ou cavaleiro, novamente, preferiu manter-se na luz do espírito. 

Uma nova chance foi dada a sua linhagem ancestral. Àquele que via como o 'menino' de sua nação', na jornada encontra-se passando  por provação semelhante. Conhecido como Jesus José Pedra. (assim, com o 'a' mesmo). 

Orou que o 'menino adulto', pai de um adolescente, fizesse a escolha certa. Continuando guerreiro. E dizendo 'Muito obrigado pela volta por cima. Mas, a subida encontro ao continuar em frente. Do meu modo, demora bastante. Sei montar e ser a própria montaria. Contudo, hoje escolhi ser guerreiro'. 

JD

Contos de Paz 
Literatura Ficcional

*Baseado na história de um filho que foi despachado humano pois se julgou pai. Muitos diziam que o viram do modo como se julgava. Hoje, no mundo dos guerreiros, trabalhando céu e terra, é conhecido, e eternizado, como 'Espírito de luz' .'.


*A história está criptografada. 

sexta-feira, 10 de junho de 2016

John Web e o Sex Hental .'.


John Web era viciado em sites de relacionamento. Despreocupado com relacionamento sério, queria apenas confirmar a carne certa. Hard user de internet, dominava algumas ferramentas de produção multimídia. Costumava fazer vídeos, com câmeras ocultas, enquanto comendo a fruta.

Filósofo nato, estava além do sexo selvagem. Com o tempo, aprendeu que uma boa conversa, com amor e carinho, valia mais que puxadas de cabelo, rangidas de dente e 'metidas' com força. A raiva animal, abria espaço ao ser iluminado.

As mulheres que o conheciam, costumavam sair sorrindo do 'home office'. Os vídeos, transformados em cartoons, com efeitos sonoros, ganharam a Ásia e o Oriente Médio. John Web estava prestes a se tornar celebridade, disputando espaço com o 'sex hental'.

Mas nem tudo era tão simples assim. Uma de suas amigas virtuais, continuou visitando-o. Certo dia, enquanto John Web tomava banho, a 'atriz' pediu para utilizar o computador. Ao examinar um dos pendrives, encontrou dezenas de vídeos editados e ao natural.

Nos vídeos editados, era impossível identificar as participantes. No entanto, nos videos crus, era visível e audível, cada diálogo. A moça roubou o pendrive e o denunciou. John Web foi preso e condicionado a pagar indenização, com serviços comunitários, pelo resto da vida. Enquanto, a principal 'atriz', tornou-se profissional.

Contos de Paz 
Literatura Ficcional 
Da série: 'Pulga atrás da orelha'

*Este conto é para refletir sobre filmagens não autorizadas e compartilhamento indevido de filmagens autorizadas. Inclusive aquelas que se guardam no celular e são compartilhadas via Whats ou Messenger. Pois costumam, com frequência, ganhar a web.

NUDES VIA WHATS 

Você, que costuma compartilhar 'nudes', ou manter o hábito de fazer filmagens com celular, tem grandes chances de tornar-se celebridade, da noite pro dia.

Evite este tipo de compartilhamento !

JD

Diga-me com quem andas .'.


Certa vez, pensaram em promover a volta do 'Mestre Mago' a uma das vidas anteriores. Em tal vida, o Mestre trabalhou o Cavalo Cavaleiro (da terra), julgando-se pai. Muitos confundiam com os respectivos ancestrais. Contudo, era o próprio 'Mago Mestre' na respectiva essência.

Na insistência de que trabalhasse a terra novamente, o 'Mestre Mago' assumiu preferir continuar trabalhando ar e luz. Pois assim vê os respectivos ancestrais; E assim consegue aprimorar o que chamava de 'Cavalo Cavaleiro' ou 'Guerreiro Espada'.

Desconstruindo-se, e desfazendo-se, como Pai e Filho, ao devolver a terra ao pó, descobriu a melhor forma de trabalhar. Assumindo-se 'Espirito'; Quando encontra-se só, encontra-se em Deus Conosco. O único que aceita, e reverencia, como Pai Nosso.

JD

terça-feira, 7 de junho de 2016

A tribo dos homens de calcinha



A tribo dos homens de calcinha havia sido corrompida. Seus feijões mágicos, da lua, agora, eram pedidos na terra.

Alguns espiavam por trás da cortina; Outros entravam na jaula; Alguns jogavam buraco; Outros coçavam o mesmo.

Suas paredes não tinham janelas; Mas estavam sendo vigiados. Além das câmeras escondidas em botões de camisa.

Suas mulheres, na lua, brincavam de cobra cega. A suruba era tanta que ninguém sabia quem era quem. Nem dama ou xadrez; Pulavam amarelinha.

Trocavam de rosto como se troca de espelhos. Quanto à identidade, alguns nem sabiam para que servem os relhos.

O clero pediu castidade; O machismo, prioridade; O feminismo, liberdade. No fim de semana, se encontravam no puteiro.

Detetive garçom, que também é poeta, lhes cobrava o couvert, em prol das filmagens.

'Não vi nada; Nada ouço; Nada sei' - Respondeu o garçom- 'As câmeras são automáticas'.

Fim de baile aos homens de calcinha; Alguns pagaram a conta; Outros viraram escravos.

Sr Cueca, dono do puteiro, anunciou carne nova.

'Te comemos nos escuro' Disse um deles. Ligaram-se as luzes; Surpresa. Estavam dançando em pares, enquanto o garçom simulava o gemido.

Ninguém entra; Nem sai. Dos que estavam na porta; Salvou-se o porteiro.

Contos de Paz
Literatura Ficcional